Você sabia que aproximadamente 80% desses dados possuem algum tipo de localização atribuída e podem ser analisado através de ferramentas de Geoprocessamento?
A partir do final do século passado, as informações em forma de dados digitais passaram a balizar empresas e governos em muitas de suas decisões.
A coleta, análise e usabilidade adequadas dos mais diversos bancos de dados disponíveis podem significar a diferença entre o sucesso e o fracasso.
Assim, surge a necessidade de dominar ferramentas de Geoprocessamento, otimizando custos e tornando os processos de tomada de decisão mais assertivos.
Vemos o Geoprocessamento presente hoje nas mais diversas áreas como análises ambientais, marketing, vendas, saúde, logística, mineração, construção civil, aviação, entre outras.
Tá… Mas o que é Geoprocessamento?
De forma resumida, o Geoprocessamento representa um conjunto de tecnologias capazes de coletar e analisar informações que possuem algum tipo de informação geográfica atribuída, como por exemplo endereços ou coordenadas.
Podemos olhar para o Geoprocessamento segundo essas 4 etapas: coleta, armazenamento, tratamento, análise de dados e apresentação dos resultados.
Conforme a utilização do geoprocessamento ganha força, uma das áreas que acompanha o crescimento é a área de produção de mapas e visualização de dados.
Hoje, o uso de informações Geoespaciais se expandiu em quase todos os mercados e instituições ao redor do globo, com a descoberta de que o “olhar de cima” pode fornecer informações e tendências que antes passavam despercebido.
O Geoprocessamento se tornou um elemento fundamental na forma como as organizações conduzem seus negócios em todo o mundo.
E sabe uma das aplicações do Geoprocessamento que cresce mais rápido nos últimos anos? O Geomarketing.
Geomarketing: Aplicação GIS para vendas
O Geomarketing é uma metodologia que se baseia em dados de localização para poder atingir o público-alvo com a mensagem certa criando novas oportunidades de negócio e dando suporte aos processos decisórios dentro da empresa.
Já imaginou saber exatamente onde seu cliente está e como se comporta?
Com técnicas de Geomarketing, é possível criar estratégias certas para alcançar as pessoas certas, na hora certa e no lugar em que se encontram.
Também chamada de Inteligência Geográfica de Mercado, é usada desde a década de 1950 a fim de mapear as unidades das empresas e definir mercados através da localização.
Na teoria clássica dos 5 Ps do Marketing, do professor Jerome McCarthy, o Geomarketing se relaciona ao “P” de Praça, mas de um modo mais complexo e inovador.
Estamos falando, afinal, de um momento em que as compras são realizadas através do celular e as pessoas buscam produtos não só por proximidade, mas também por tempo de entrega, disponibilidade e preço.
Legal, mas e se eu quiser abrir uma franquia? Como escolher o local ideal?
Basta pensar que 2,5 bilhões de pessoas já possuem um smartphone com GPS conectado à internet.
Graças aos serviços de localização desses dispositivos e utilizando técnicas de Geomarketing, você pode acompanhar a mobilidade dos consumidores, entender padrões de comportamento e oferecer exatamente o que seu cliente quer, no local que ele esteja.
Para deixar mais claro, o Geomarketing tem trabalhado, principalmente, com:
- Otimização e definição das localizações de pontos de venda.
- Seleção de canais de distribuição para produtos.
- Domínio do perfil do público alvo.
- Orientação de estratégias para precificação.
- Conquista de novos clientes.
- Definição das estratégias de expansão.
- Definição de reposicionamento de unidades.
Aplicação do Geoprocessamento para o varejo
Sem o conhecimento da maioria dos consumidores, os dados impulsionam o mundo do varejo. Google, Amazon e Walmart perceberam o valor dos dados geoespaciais para alcançar o crescimento, outros vem seguindo seu exemplo.
Para adequar produtos, serviços e mercadorias, é importante conhecer as informações socioeconômicas de seus clientes.
Especificamente, os dados geoespaciais podem fornecer aos varejistas dados sobre renda, preços de habitação / aluguel, desempenho comercial circundante, população e idade.
Esses detalhes são fundamentais para balizar qualquer negócio do mundo varejista.
Por exemplo, lojas como a C&A ou Renner, em grandes centros urbanos, terão marcas diferentes do que em uma comunidade suburbana ou rural.
Além disso, dados socioeconômicos, bem como informações como padrões de tráfego de veículos, pedestres e o número de residências na área, podem ser úteis na escolha de um local.
Os dados espaciais também podem fornecer informações sobre os concorrentes na área e prever tendências futuras ou projetos de construção que podem afetar os negócios.
Por exemplo, é importante saber se um grande projeto de construção de estradas de longo prazo está planejado e pode afetar os padrões de tráfego e a acessibilidade do local da empresa.
Podemos dizer que o Geoprocessamento no varejo “é novo mas não é”.
Como assim?
Muitas dessas análises já são realizadas há séculos, porém, de forma rústica e simples. O que muda agora é a inserção das mais inovadoras técnologias de análises de dados geográficos fornecidas por softwares GIS.
A criação dos softwares GIS, em particular o ArcGIS e o QGIS, que são os mais utilizados pelo mercado, fornecem às empresas uma infinidade aplicações, análises e cartas da manga para reduzir os riscos e diminuir as incertezas inerentes a qualquer negócio.
Por meio da elaboração de mapas temáticos, as empresas podem visualizar padrões geográficos que, de outra forma, não seriam vistos nos dados brutos ou em gráficos.
O futuro do Geoprocessamento
Inovação e pesquisa e desenvolvimento (P&D) de ponta continuam a produzir novas maneiras de incorporar dados geoespaciais em novas áreas e oferecer soluções para os problemas mais desafiadores de hoje.
Empresas e instituições acadêmicas em todo o país estão investindo no desenvolvimento de tecnologias geoespaciais que ampliarão ainda mais o uso desses dados valiosos fora dos mercados tradicionais.
Os campos de aplicação do Sensoriamento Remoto e a popularização da utilização de drones estão se expandindo rapidamente e fornecendo ao mercados novos níveis de dados geoespaciais , anteriormente disponíveis apenas para as agências militares e de inteligência.
A precisão dos dados melhora a cada ano. O que ontem considerávamos dados de “alta resolução”, hoje já não são mais. Você pisca e a tecnologia já evoluiu, te permitindo novas análises que antes não eram nem imaginadas.
Várias atividades de P&D estão encontrando novas maneiras de fornecer informações mais precisas para essas plataformas de Geoprocessamento, melhorando assim seu desempenho geral. Sem falar na questão da programação, aprendizado de máquina e IA, que fica como assunto para um novo post futuro aqui no Blog.
A utilização do geoprocessamento se expandiu para além dos consumidores tradicionais e está agregando valor aos mercados de varejo, transporte, saúde e financeiro, para citar alguns.
Como o próprio Gustavo Arditti, Diretor de Desenvolvimento de Negócios da GymPass, mencionou em um de nossos Podcasts Ambiental Pro: “Nem toda empresa usa alguma pataforma de Geoprocessamento mas toda empresa precisa ter.”
Portanto, temos um mercado ainda em aberto e crescimento exponencial, que necessita de profissionais capacitado prontos para garantir que os dados geoespaciais sejam devidamente administrados e analisados para fornecer consistência em qualidade, precisão e segurança.
Sou a Beatriz Ribeiro, e quero parabenizar você pelo seu
artigo escrito, muito bom vou acompanhar o seus artigos.
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